10 músicas da primeira metade de 2015

Estamos praticamente no meio de 2015 e temos muito para comemorar com os lançamentos da música independente brasileira. O RINP dá a dica das 10 faixas que mais rodaram pela redação até agora.

“Noite”, Silva feat. Lulu Santos e Don L

Lulu alia sua experiência com tracks dançantes à voz aveludada de Silva. Acrescente o rap de Don L e temos uma faixa que lembra colaborações anteriores de Lulu, como “Sábado à Noite” (com Cidade Negra, 1998) e “Astronauta” (com Gabriel O Pensador, 1999). Certeira e sem rodeios, “Noite” é uma das faixas mais bem resolvidas do ano até agora.

 

“Um Tanto de Você”, Vó Tereza

Cada um com seu repertório musical diferente, os 7 integrantes do combo paulista combinam superpoderes para criar esta faixa de 3 minutos, cheia de punch. Rock, ska, vocais sobrepostos e velocidade ajudam a compor o clima de festa, que é característico dos shows da banda.

 

“Happiness Comes by Morning”, Phillip Long

O verso-título, assim como toda a instrumentação, transportam o ouvinte para os primeiros clássicos de Morrissey. Canção direta e honesta, perfeita para bloquear as sirenes da cidade no seu fone de ouvido e embalar o nascer do dia com leveza e bom humor.

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“Ao Sul Das Coisas”, Los Porongas

O retorno dos aclamados acrianos Los Porongas foi marcado por uma canção rápida e com refrão cheio de punch, pronto para fãs cantarem a todo pulmão nos shows. O single tem participação especial de João Leão nos teclados e antecipa o terceiro disco, que sai no próximo trimestre.

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“Mentira”, Frida

Antecedendo o bem sucedido “Frida”, primeiro disco da banda, o single tem a agonia de 1997, quando o Radiohead deixou o mundo com um nó na garganta com a densidade e a dose de realidade dura do álbum OK Computer. Não por acaso, “Mentira” foi destaque na publicação britânica Sounds and Colours. Antes disso, já era apontada como promessa do rock latino americano pela Independent Music News UK.

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“Amor Pesado”, Tagore

Com participação de Paulo Rafael do Ave Sangria, Tagore Suassuna mostra o lado mais Sabbath de sua banda. A psicodelia brasileira continua bem representada pelo artista do Recife que este ano tocou no mesmo palco que Arnaldo Baptista e Ian Anderson, no festival Psicodália.

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“Pressa”, Aline Lessa

Faixa do primeiro álbum solo da ex-tecladista e compositora da Tipo Uísque. Longe do rock que a banda exibia, Aline toma o caminho das cantoras com voz suave, unindo toques de Bethania, Gal e Marisa Monte, mas distancia-se de comparações ao encontrar, na própria introspecção, um brilho próprio.

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“Vermelho”, Bratislava

A faixa foi oficialmente lançada em outubro de 2014, mas foi em 2015 que ela ganhou o destaque merecido, nesta versão ao vivo gravada durante a Vinil Sessions (via The Blog That Celebrates Itself). Metáforas e analogias são jogadas no liquidificador, nesta letra que descreve uma paisagem surreal/apocalíptica, obra do multi-talentoso Victor Meira . Vale citar também o cuidado visual, que emula o aspecto das fitas VHS.

 

“Disruption”, Herod

Gravada inteiramente em um dia no estúdio Family Mob pelo projeto Converse Rubber Tracks, “Disruption” é uma paulada sem concessões que exibe o maior trunfo do grupo – as camadas de guitarras. Um retorno de respeito da banda que, em 2013, caiu no gosto de Robert Smith e rendeu à banda dois shows de abertura para o The Cure, tocando para mais de 30 mil pessoas.

 

“4 Dias”, Naissius

Ultra pessoal, minimalista e arrastada, a canção tem ares de trilha sonora. Apesar da guitarra distorcida no começo, a tensão vem mesmo aos 1:40, com um ameaçador arranjo de cordas. Parte do álbum “Síndrome do Pânico”, auto-explicativo.